terça-feira, 11 de março de 2014

Adaptação à vida - Superação

Vale a pena ler...


A incrível historia de Hellen Keller e Anne Sulivan

Helen Keller nasceu em 1880 e, antes de completar dois anos de idade, estava cega e surda.
A escarlatina a sentenciou a uma reclusão perpétua no escuro e no silêncio. Uma “solitária”, para o resto de sua vida. E antes que tivesse tido a chance de aprender qualquer tipo de comunicação.
A única que se arriscava era a filha da cozinheira, de seis anos, que passava o dia levando puxões e empurrões.
Com 6 anos de idade Helen era uma criança violenta.
Aprisionada em seu mundo por 4 anos não entendia sua situação nem sua própria existência.
Seus pais decidiram então buscar ajuda e, com toda a precariedade da época, conseguiram passar por vários especialistas até serem encaminhados para uma escola especializada. O diretor da escola resolveu entregar o caso para uma de suas ex-alunas: Anne Sullivan, também cega, e de apenas 20 anos.
Alí nascia uma historia de 49 anos entre as duas.

Helen Keller e sua professora Anne Sulivan.

Na primeira visita, logo que se conheceram, Anne reparou que a menina carregava uma boneca. Segurou então a pequena mão de Helen e escreveu com o dedo na palma a palavra “b-o-n-e-c-a”. Sem saber que cada objeto tinha um nome, Helen não entendia nada e se frustrava a cada nova tentativa.
Suas reações foram ficando cada vez mais violentas, até que um dia explodiu de raiva e destruiu sua boneca. Foi então que Anne teve a ideia de colocar a mão de Helen sob a água e escrever em sua palma “a-g-u-a”.

Foi como se a porta da prisão finalmente tivesse se aberto



A partir deste dia uma obsessão tomou conta de Helen que agora reconhecia uma lógica e queria aprender todas as palavras do mundo. Aprendeu inglês, francês e alemão. Anos perdidos eram recuperados com a maior velocidade possível e a comunicação entre as duas crescia a cada dia.
Anne ensinou Helen a “ouvir”, colocando seus dedos sobre sua garganta, lábios e nariz. Associava vibrações e palavras. Seu tato se desenvolveu a um patamar sofisticadíssimo, capaz de diferenciar as mais sutís diferenças. Ficou proficiente em braille e em linguagem de sinais na palma da mão.




Aos 20, Helen escreveu uma autobiografia à mão. Ingressou no estudo formal e foi a primeira cega/surda a se formar em uma universidade. Virou ativista política.
Anne, apesar de não ter qualquer experiência prévia com ensino, ajudou Helen a se libertar de sua prisão e para mim é um grande modelo do que é ser um professor, um missionário. Acompanhou Helen até o final de sua vida, como uma assistente, mesmo depois de casada. Em 1936 morreu em estado de coma, com Helen segurando sua mão por todo o tempo.


Helen Keller formada.
Helen publicou 12 livros, foi condecorada pelo presidente dos Estados Unidos com a medalha da liberdade, o maior reconhecimento que um civil pode receber. Em 1965 entrou para o National Women’s Hall of Fame.
Em 1951 sua história virou uma peça de teatro e em 1962, um filme dirigido por Arthur Penn, que conquistou 2 oscars. Um dos únicos filmes que mantém um 100% no Rotten Tomatos. Em 2000 a Disney fez um remake para televisão (abaixo, na íntegra).
Helen morreu no dia primeiro de junho de 1968, aos 87 anos de idade, enquanto dormia em sua casa.
Helen Keller

Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar.
                                                                                             Helen Keller



Airam Sonnenberg

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