A incrível historia de Hellen Keller e Anne Sulivan
Helen Keller nasceu em 1880 e, antes de completar dois anos de idade, estava cega e surda.
A escarlatina a sentenciou a uma reclusão perpétua no escuro e no silêncio. Uma “solitária”, para o resto de sua vida. E antes que tivesse tido a chance de aprender qualquer tipo de comunicação.
A única que se arriscava era a filha da cozinheira, de seis anos, que passava o dia levando puxões e empurrões.
Com 6 anos de idade Helen era uma criança violenta.
Aprisionada em seu mundo por 4 anos não entendia sua situação nem sua própria existência.
Seus pais decidiram então buscar ajuda e, com toda a precariedade da época, conseguiram passar por vários especialistas até serem encaminhados para uma escola especializada. O diretor da escola resolveu entregar o caso para uma de suas ex-alunas: Anne Sullivan, também cega, e de apenas 20 anos.
Na primeira visita, logo que se conheceram, Anne reparou que a menina carregava uma boneca. Segurou então a pequena mão de Helen e escreveu com o dedo na palma a palavra “b-o-n-e-c-a”. Sem saber que cada objeto tinha um nome, Helen não entendia nada e se frustrava a cada nova tentativa.
Suas reações foram ficando cada vez mais violentas, até que um dia explodiu de raiva e destruiu sua boneca. Foi então que Anne teve a ideia de colocar a mão de Helen sob a água e escrever em sua palma “a-g-u-a”.
Foi como se a porta da prisão finalmente tivesse se aberto
Foi como se a porta da prisão finalmente tivesse se aberto
A partir deste dia uma obsessão tomou conta de Helen que agora reconhecia uma lógica e queria aprender todas as palavras do mundo. Aprendeu inglês, francês e alemão. Anos perdidos eram recuperados com a maior velocidade possível e a comunicação entre as duas crescia a cada dia.
Anne ensinou Helen a “ouvir”, colocando seus dedos sobre sua garganta, lábios e nariz. Associava vibrações e palavras. Seu tato se desenvolveu a um patamar sofisticadíssimo, capaz de diferenciar as mais sutís diferenças. Ficou proficiente em braille e em linguagem de sinais na palma da mão.
Aos 20, Helen escreveu uma autobiografia à mão. Ingressou no estudo formal e foi a primeira cega/surda a se formar em uma universidade. Virou ativista política.
Anne, apesar de não ter qualquer experiência prévia com ensino, ajudou Helen a se libertar de sua prisão e para mim é um grande modelo do que é ser um professor, um missionário. Acompanhou Helen até o final de sua vida, como uma assistente, mesmo depois de casada. Em 1936 morreu em estado de coma, com Helen segurando sua mão por todo o tempo.
Helen Keller formada.
Helen publicou 12 livros, foi condecorada pelo presidente dos Estados Unidos com a medalha da liberdade, o maior reconhecimento que um civil pode receber. Em 1965 entrou para o National Women’s Hall of Fame.
Em 1951 sua história virou uma peça de teatro e em 1962, um filme dirigido por Arthur Penn, que conquistou 2 oscars. Um dos únicos filmes que mantém um 100% no Rotten Tomatos. Em 2000 a Disney fez um remake para televisão (abaixo, na íntegra).
Helen morreu no dia primeiro de junho de 1968, aos 87 anos de idade, enquanto dormia em sua casa.
Helen Keller
" Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar.
Helen Keller
Airam Sonnenberg
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